terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

eu tenho fé na piada-pronta

agora que os bombeiros já encontraram e resgataram mortos, vivos, feridos e inocentes (ainda não há sinal de culpados), acho que nós, infiéis e curiosos, já podemos especular sobre as histórias que existem ali por baixo dos caquinhos de concreto da igreja renascer. pra quem não lembra, com todo respeito, aquilo ali foi bem dizer o templo sagrado do cabaço de kaká. foi lá que o craque mais sem sal sem pimenta e sem graça do futebol mundial, digamos assim, contraiu matrimônio e entrou pro hall dos crentes sexualmente ativos. é pra lá também que kaká, cristão resignado que é, envia religiosamente 10% do seu gordo salário. eu não sei quanto ele ganha, mas chutando... vamos supor que, só de salário, o kaká ganha uns 3,5 milhões por mês (deus é bom, kaká! deus é bom!). sendo assim, todo mês, são 350 mil caindo lindamente na conta da igreja renascer. um investimento seguro, promissor, coisa de gênio. afinal de contas, é notório que o mercado imobiliário celestial está com fortes tendências de valorização. basta reparar na babilônia em chamas que se tornou nosso velho reino dos mortais e, principalmente, no sem-número de vips e famosos que está investindo no setor. e olha... se lá no céu for igual aqui na terra, basta chegar uma celebridade, que a área valoriza horrores. é batata.

eu não sei exatamente como funciona a divisão dos lotes mas, quem compra um lugarzinho no céu, não compra um lugar assim aleatoriamente... a turma paga caro e quem paga caro quer lugar na frente né. eu, se fosse evangélica, não pensava duas vezes, tratava logo de descobrir onde danado fica esse terreno do kaká e comprava um do lado, assim miudinho mesmo, do tamanho do meu dízimo, e ficava na minha. uns dez anos depois, vendia o terreno a preço de ouro e ficava por aqui mesmo pelo purgatório, o verdadeiro templo do além-vida mundana. vê que idéia da porra. eu, mortinha da silva, morando bem no purgatório e cheia de dinheiro no bolso pra gastar com meus amigos. sim, porque os meus amigos, graças a deus, não pagam dízimo, só se interessam pela ascensão do tipo social e nunca iriam pra uma festinha na minha casa sabendo que eu sou vizinha do kaká. aposto um lugar no céu que, com 15 minutos de festa, ele ia ligar lá pra casa reclamando do barulho.